Mistérios que Guiam

Desde que me entendo por gente, sempre fui atraída pelo que não se pode ver, mas que se sente. Pelo que está além do óbvio, além do concreto. E foi por volta dos 10 anos, lá em 2007, que essa conexão com o místico começou a ganhar forma. Tudo começou com a dança cigana. Sim, a dança cigana! Uma professora que morava perto da minha casa me apresentou a essa arte cheia de liberdade, mistério e expressão. Era como se, ao dançar, eu pudesse me conectar com algo maior, algo que não podia ser explicado, apenas sentido.

Foi nessa época também que comprei meu primeiro tarô, em uma banca de revistas, junto com um livro que ensinava como usá-lo. Acho que foi ali que minha jornada com o esotérico realmente começou. O tarô me conquistou de um jeito que até hoje não consigo explicar direito. Ele fala comigo, sabe? Cada carta, cada tiragem, é como uma conversa íntima, cheia de insights e reflexões. E, desde então, o tarô se tornou uma ferramenta que carrego comigo, como um guia que me ajuda a navegar pelas águas da vida.

A dança cigana, por sua vez, foi mais do que uma paixão: foi uma forma de expressão, de liberdade e de conexão com o mundo. Cheguei a me apresentar com um grupo em eventos e até na escola. Era incrível sentir a energia da música, o movimento do corpo e a magia que envolvia tudo aquilo. Anos mais tarde, em 2016, já morando em Paracatu, tive a oportunidade de reviver essa conexão. O Instituto Federal onde estudava organizou uma mostra de saberes, e minha turma ficou responsável pela Índia. Como os ciganos têm suas raízes lá, foi a chance perfeita de mergulhar novamente nesse universo. Montamos uma tenda com tiragem de tarô, apresentei a dança cigana para meus colegas e foi simplesmente mágico.

Até hoje, o tarô é uma presença constante na minha vida. Consulto as cartas regularmente, buscando orientação, clareza e, às vezes, apenas um pouco de conforto. E a dança? Ah, a dança continua viva em mim, mesmo que eu não esteja mais me apresentando. Ela está na forma como me movimento, na forma como vejo o mundo e na música que ecoa na minha alma.

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